quinta-feira, 27 de março de 2008

Esperança aquática

Alguém vai negar que o menino tenha estrela? Não dá. Mesmo os críticos mais ferrenhos, aqueles que ficam no sofá falando do pouco que vêem e se autodenominam comentaristas de futebol não seriam capazes de tal heresia. Alexandre Pato possui luz própria e, apesar dos seus 18 anos e muita estrada pela frente, já conquistou a confiança que o povo brasileiro precisava depositar em um meia-atacante. Também pudera... Bela trajetória! Na estréia entre os profissionais do Internacional de Porto Alegre, em 2006, bastou um minuto em campo para abrir a contagem contra o Palmeiras, em pleno Parque Antártica. Quando foi ao Mundial de Clubes, em seguida, ninguém apostava em um menino, que mal havia jogado entre os profissionais. Mas ele deixou sua marca contra o Al Ahli e encheu os olhos dos italianos, que não hesitaram em contratá-lo. Na estréia pelo Milan, também marcou, contra o Dínamo de Kiev, vestindo a leve camisa rubro-negra, que lhe coube muito bem – por sinal, nas costas carregava sem problemas o número 7 herdado de Andriy Shevchenko, eterno ídolo do clube milanês. Por fim, chegou a chance de ser convocado para a Seleção Brasileira principal. O adversário, a sempre difícil Suécia, no Emirates Stadium, nesta quarta-feira. Foi quando Pato entrou durante um sonolento 2o tempo, interceptou um chute do goleiro reserva Rami Shaaban, fora da área, e tocou para o gol de perna esquerda, por cobertura. Uma pintura, com direito a coração e sorrisos abobalhados na comemoração. De Pato Branco, no Paraná, para o mundo, eu acredito no menino. Eu e 200 milhões de técnicos espalhados por todo o país. Isso sem falar dos italianos acostumados com suas belas atuações, os ingleses que estiveram no Emirates Stadium e ficaram encantados com seu fino futebol, os suecos totalmente perplexos... Será que o Dunga gostou? *Fred D`Amato

Nenhum comentário: